Piauí, terceiro estado mais pobre do Nordeste, à frente apenas de Maranhão e Paraíba, se tornou em 2024, o Estado com o maior crescimento na geração de empregos formais na região em 2024 e o nono entre os 27 estados da Federação. Cresceu 3,80%, sendo que a média nacional atual na geração de empregos é de 3,28%, de acordo com os dados oficiais (¹).
Esse fato é importante, porque o Estado se torna uma prova incontestável de que as políticas públicas governamentais aplicadas corretamente, funcionam. Há 20 anos, no primeiro governo do Presidente Lula, o município de Guaribas, localizado no sul do Piauí, foi berço do Bolsa Família. Com uma sucessão d governos petistas desde 2015, com Wellington Dias, Regina Souza e atualmente Rafael Fonteles, o Estado vem crescendo, se industrializando e se modernizando com destaques para diversas áreas, como energias renováveis, produção agrícola, setor industrial de alimentos e exportações. O PIB do Piauí vem se descentralizando, com cidades menores experimentando um crescimento significativo em vários municípios e está se tornando uma referência como polo produtor de hidrogênio verde na América Latina e no mundo.
Notícias divulgadas Brasil afora nos últimos dias, dão conta de que o Estado do Piauí enfrenta uma crise de mão de obra qualificada, devido ao crescimento industrial. A demanda para os próximos três anos é próxima de 90 mil profissionais em diversas áreas para atender as demandas do estado em crescimento continuado. Há dois caminhos: formar esses profissionais ou procurá-los em outros estados para resolver a demanda.
A economia em expansão no Piauí intensifica a necessidade de novos perfis profissionais e exige um processo de atualização contínua nas indústrias locais. A demanda por novos profissionais não para de crescer, e o mercado busca principalmente trabalhadores qualificados em diversas áreas. Há necessidade imediata para cerca de 15 mil profissionais para vagas geradas em diversas áreas.
Também a modernização de processos e tecnologias exige que trabalhadores que estão empregados passem por treinamentos focados em novas competências, qualificações e habilidades técnicas como operação de máquinas e equipamentos, além de preparo que incluem inteligência emocional, pensamento crítico e criatividade.
As áreas mais afetadas pela escassez de profissionais são: Logística e Transporte (19 mil vagas); Construção (15 mil vagas); Manutenção e Reparação em veículos automotores, como, mecânicos, eletricistas, eletroeletrônica, operadores de equipamentos (8 mil vagas); Alimentos e Bebidas (5 mil vagas); Metalmecânica (4 mil vagas). E muitas outras áreas diante de uma industrialização crescente que ainda promete surpresas.
A solução está na formação de profissionais ou na importação de mão de obra de outras regiões. A solução está sendo estudada através de uma ação coordenada entre governo, setor privado e instituições de ensino.
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(¹) CEPRO/SEPLAN/CAGED.
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