A partir de 2025, as administrações municipais no estado de São Paulo e em grande parte do Brasil estarão fortemente dominadas por partidos de centro, direita e extrema direita, refletindo uma tendência que se consolidou nas eleições de 2024. O PSD emergiu como o principal partido, conquistando o maior número de prefeituras no estado e liderando em nível nacional. Além do PSD, partidos como PL, PP, União Brasil, MDB e Republicanos também ganharam destaque, com esses grupos controlando mais de 72% das prefeituras do país.
Essa guinada política reflete uma reorganização no equilíbrio de forças: enquanto legendas historicamente fortes, como o PSDB, enfrentaram uma redução significativa de influência, o MDB perdeu parte do espaço que ocupava como centro moderador. Em contraste, o PL cresceu de forma expressiva, impulsionado pela base bolsonarista, principalmente em grandes centros urbanos.
Por outro lado, a esquerda, liderada pelo PT, teve uma leve recuperação em comparação com as eleições anteriores, mas ainda enfrenta dificuldades para retomar o protagonismo que teve em décadas passadas. Embora o partido tenha levado alguns candidatos ao segundo turno, não conseguiu garantir vitórias significativas que melhorassem as conquistas do primeiro turno, especialmente em capitais.
Essa nova configuração sugere que, nos próximos anos, a gestão pública nos municípios paulistas e brasileiros será marcada por uma agenda muito mais conservadora do que já é na atualidade, e economicamente liberal. Esse sufocante crescimento do centro, direita e extrema direita no controle das prefeituras, certamente influenciará as eleições legislativas e presidenciais em 2026.
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