A prisão do General Braga Neto neste sábado, 14 de dezembro, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, pode ter impacto significativo na direita brasileira, considerando sua ligação histórica com os militares.
Braga Netto, que está sendo investigado sob acusação de participação na tentativa de golpe de Estado, foi preso, segundo informações divulgadas na imprensa, por obstrução da Justiça, após investigações da Polícia Federal. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
Essa prisão pode afetar a direita de várias maneiras. A primeira delas é o impacto político, causando desestabilização na sua base de apoio, especialmente entre os setores mais extremados que se dizem nacionalistas, mas trabalham apenas em causa própria e não a favor da nação.
Outra perda de grande porte, tem a ver com a credibilidade, pois desde o início das investigações do golpe, esses setores da direita negam o golpe, ou se mostram indiferentes diante dessa possibilidade. O problema é que, a cada dia, fica mais evidente que a opinião pública percebe que o golpe foi tentado e só não se consumou por incompetência dos golpistas.
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Haverá, também, consequências legais, pois a prisão de Braga Netto, poderá levar a novas revelações nas investigações e envolver mais figuras do primeiro escalão da tentativa fracassada de golpe. Outros líderes políticos e militares poderão entrar do radar das investigações.
As perspectivas em relação ao futuro na seara política, frente à repercussão dessa prisão, vai gerar mais divisões na direita, e até protestos populares daqueles que ficaram nas portas de quartéis pedindo o golpe contra o tal de comunismo. A direita pode precisar se reorganizar em relação às suas estratégias políticas.
Com Jair Bolsonaro impedido eleitoralmente, parece que vai desencadear um efeito dominó nos possíveis candidatos à presidência em 2026. Ronaldo Caiado, governador de Goiás já foi atingido, o tal de Pablo Marçal não tem situação confortável e, se olharmos com uma lupa há muito mais em relação a outras estrelas da direita.
Do ponto de vista de um analista despretensioso, enxergo esse momento no qual vivemos, uma transição para o maior vazio de liderança política nacional. Lula está em seu último mandato, pois não o vejo se candidatando à reeleição. Tampouco acredito que, com um eleitorado tão manipulado como o nosso, ele consiga fazer um sucessor. O que teremos, muito provavelmente em 2026, será a eleição de outro outsider para esculhambar ainda mais a nossa combalida política.
Do meu ponto de vista, nem direita, nem esquerda. É esperar para ver!
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