No próximo dia 6 de outubro, os eleitores de Batatais irão às urnas para decidir quem ocupará as 15 cadeiras da Câmara Municipal pelos próximos quatro anos. A eleição deste ano aqui em nossa cidade será marcada apenas pela escolha dos vereadores. Ao todo, 172 candidatos concorrem às vagas. Com 44.504 eleitores cadastrados, segundo o TRE-SP, temos 258 eleitores para cada candidato a vereador.
O vereador desempenha o papel de ligação entre o governo e a população, com duas funções legais: fiscalizar o executivo municipal e aprovar leis que impactam diretamente o município. A pergunta que alguns fazem aqui em Batatais é esta: Com quase todos do mesmo lado no mandato 2025-2028, quem fiscalizará o Executivo?
Vejamos: Dos atuais 15 vereadores, apenas a Capitão Cláudia decidiu não disputar a reeleição. Entre os 14 que se candidataram, a presidente da Câmara, vereadora Andresa Furini (PSB), é a única que não integra a mega coligação que apoia a reeleição do prefeito Juninho Gaspar. Além disso, 12 ex-vereadores, que já ocuparam cadeiras em diferentes legislaturas, estão novamente na disputa. Portanto, entre os 172 candidatos, 146 nunca exerceram o cargo de vereador, embora alguns poucos entre eles tenham assumido como suplentes em períodos de afastamento do titular.
A legislação eleitoral impõe critérios de valorização dos partidos através do quociente eleitoral e do quociente partidário. Até mesmo as vagas definidas pelo critério de sobras tem relação com os partidos. Esses fatores tornam o resultado da eleição incerto até o fim da apuração, mantendo as expectativas em aberto até que os eleitos sejam oficialmente definidos para serem empossados no início de 2025.
Outra questão que intriga, é a fragilidade das candidaturas de oposição à Câmara por não terem cabeça de chapa em seus partidos. Por mais que lideranças do PSB e do PSOL se justifiquem, por não terem lançado candidatos a prefeito, não convencem os eleitores. A cidade sabe que, nos dois partidos tem filiados qualificados para disputar a prefeitura. No caso do PSB, o veterano José Luis Romagnoli, detentor de quatro mandatos e que nunca perdeu uma eleição. No PSOL, o ex prefeito Fernando Antonio Ferreira que governou a cidade quando estava no PT. Fica no ar a pergunta: Será que uma federação entre os dois partidos lançando candidatos a prefeito e vice não resultaria em uma acirrada disputa democrática?
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